domingo, 27 de dezembro de 2009

novo ciclo.

adeus 2009.

que fiquem lembranças, momentos, saudade gostosa.
que saia a dor, a tristeza, a saudade ruim.
que cheguem novos ares, novos sonhos, novas conquistas, nova saudade.

que eu tenha a mesma força que tive pra enfrentar tudo o que enfrentei.
que eu continue escorregando pelo amor.
que eu continue emocional.
que eu continue entregue. inteira. pras coisas que eu realmente quero.

que me falte sempre o ar.
e que as borboletas façam um ninho aqui dentro do meu estômago.

vem 2010!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

longe.

e por mais que eu queira, cada santo dia da minha vida incompleta, estar ao lado dele, eu resolvo ficar longe.
resolvo ignorar toques. ignoro pensamentos meus. ignoro momentos bons. jogo tudo pra longe de mim.
porque é assim que tem que ser. eu longe dele. longe de qualquer possibilidade de resgate do amor. porque demoro meses pra afastar e segundos pra aproximar. o sentimento mesmo. a falta. a saudade. o apego.
meu corpo sofre as conseqüências. os efeitos dominam tudo aqui. em mim. é a resposta do silêncio que quer gritar. mas é reprimido. é amassado pra dentro. e explode. mas tem que ser assim.
"me mostra um caminho agora
um jeito de estar sem você
o apego não quer ir embora
diacho, ele tem que querer..."
é assim que tem que ser.

domingo, 20 de dezembro de 2009

des.com.passo.

se os caminhos trilham pra gente se ver. ou se as trilhas caminham pra gente se achar... eu não sei. a minha certeza era essa. até ontem. a gente se acha ou se perde? eu me perco quando te vejo. e nunca deixou de ser diferente. sempre tive essa perda de ser. você seqüestra minha alma e tudo que nela se encontra. principalmente meu coração. e eu perco o chão.
me perco pelos seus atos. pelos seus gestos. pelas respostas. ou melhor, pela falta delas. pelo movimento punitivo. pelo movimento compensatório. pelos olhares e sorrisos. pelos empurrões e esquivas.
me perco sempre e tanto, que voltar pra me achar virou rotina.
não entendo nenhum passo. falso. concreto. sutil. escancarado.
perdi o gosto. perdi a vontade de tentar achar qualquer tipo de resposta que preencha esse vazio entre nós dois. que é cada vez mais forte. mais presente. não tem mais vergonha de se mostrar. perdi o gosto pelos toques. pela sutileza das palavras. pelas indiretas. pela abertura mínima pra eu entrar. perdi a vontade de me agachar e me arrastar até entrar pela fresta aberta. perdi o gosto por sorrir pra você e receber de volta um outro sorriso, um riso. ora aberto, ora fechado. perdi o gosto pelo teu gosto. não sei mais como é. e achei melhor esquecer, porque relembrar é reviver. e reviver dá saudade. e eu perdi o gosto por ela também. também perdi o gosto pela presença distante. pelas palavras tão iguais. perdi o gosto pelo excesso do mesmo. e pela falta da diferença.
ando perdida. perdendo o gosto das coisas. dessas que sempre foram tão importantes pra mim.
perdi o caminho.
perdi a trilha.
perdi o encontro.
ando perdendo, aos poucos, o amor.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

sábado, 12 de dezembro de 2009

Gadú.

ALTAR PARTICULAR

Meu bem que hoje me pede pra apagar a luz
E pôs meu frágil coração na cruz
No teu penoso altar particular

Sei lá, a tua ausência me causou o caos
No breu de hoje eu sinto que
O tempo da cura tornou a tristeza normal

E então, tu tome tento com meu coração
Não deixe ele vir na solidão
Encabulado por voltar a sós

Depois, que o que é confuso te deixar sorrir
Tu me devolva o que tirou daqui
Que o meu peito se abre e desata os nós

Se enfim, você um dia resolver mudar
Tirar meu pobre coração do altar
Me devolver, como se deve ser

Ou então, dizer que dele resolveu cuidar
Tirar da cruz e o canonizar
Digo faço melhor do que lhe parecer

Teu cais deve ficar em algum lugar assim
Tão longe quanto eu possa ver de mim
Onde ancoraste teu veleiro em flor

Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio esperando a resposta ao
que chamo de amor

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

insights.

gosto de ficar trancada aqui dentro de mim. muitas e muitas vezes. por mais que, em alguns instantes, eu sonhe em voar por aí, sem rumo, fingindo não sentir absolutamente nada.
quando me tranco aqui dentro, percebo a quantidade de sentimentos que existem no mundo... porque escolho sentir todos. e guardo o efeito todo, em todas as partes do meu corpo.
gosto de ficar trancada aqui dentro. percebendo tudo o que escondo e tudo o que mostro.
eu sou um quadro cheio de manchas de tintas. coloridas. misturadas. criando outras tantas.
tenho achado meu 'eu' bonito.
sou abstrata.
sim... 'inconstante e borboleta'.
e ponto final.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Linda rosa:

Pior que o melhor de dois
Melhor do que sofrer depois
Se é isso que me tem ao certo
A moça de sorriso aberto
Ingênua de vestido assusta
Afasta-me o ego imposto
Ouvinte claro, brilho no rosto
Abandonada por falta de gosto

Agora sei não mais reclama
Pois dores são incapazes
E pobre desses rapazes
Que tentam lhe fazer feliz

Escolha feita, inconsciente
De coração não mais roubado
Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro cravo

Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro cravo

Maria Gadú

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

what a beautiful mess...