terça-feira, 21 de dezembro de 2010

liberta.

e acabou.

acabou mesmo e ficar temporariamente sem rumo não me dói mais.
aquela sensação de vazio e a necessidade de preenchimento permanecem. mas do novo.

eu sou assim. continuo assim.

acordar um dia e descobrir que o amor acabou é um tanto inusitado. sou do tipo que dorme agarrada no travesseiro e no meio da noite perco ele por aí depois de tanto me mexer, depois de tanto sonhar e sofrer dentro dos próprios sonhos. acordo assustada procurando o acolhimento que o tecido todo dá e acho as penas jogadas pelo quarto e o resto do travesseiro na quina da porta.
a diferença é que antes eu levantava e buscava agarrar as sobras do conforto com medo de não ter mais nada.
hoje eu esqueço o travesseiro e resgato o sono agora calmo. não preciso mais da sobra, do resto. não sinto mais a falta de acolhimento ou o abandono (in)voluntário. eu sei lidar com meus próprios sonhos e a própria busca por um lugar calmo que não se afaste de mim por qualquer impecilho ou obstáculo ou terremoto.

eu prefiro ficar e simplesmente deixar ir.

e esperar um pedacinho de coberta que me acolha parcialmente, sem precisar me esquentar inteira. eu sou o quente. só preciso de uma pequena chama de fogo.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

nunca me achei suficientemente boa para ser amada incondicionalmente por alguém.

hoje me acho.

sábado, 24 de julho de 2010

final de sábado:

tentando me manter forte. de pé.
o amor é vício.
a desintoxicação maltrata todas as partes do corpo.
mas o final é leve.

tem que ser.

terça-feira, 29 de junho de 2010

tudo que se tem é nada.

em alguma parte desse mundo que eu criei, você me ama. seus olhos brilham por mim toda vez que me vêem. seu coração bate tão forte e então você acha que vai explodir . e todas as partes do seu corpo têm absoluta certeza que sou eu. eu sou exatamente a pessoa que você sempre desejou... pro resto da vida.
esse mundo só tem uma estrada. e essa estrada só tem um final. nesse mundo existe um único beijo perfeito, um só olhar certo, peculiares mãos que afagam e voz que acalma. tem aquele jeito certo de escolher a hora exata pra falar o que preciso ouvir. e as bobagens... as bobagens se dissolvem como algodão doce na boca.
é um mundo justificável. sem qualquer impossilidade. os gritos são abafados pelo jeito que me faz sorrir. e não tem hora errada, nem finitudes. é tudo pra sempre. e tudo é tão bonito e tão colorido e faz calor. e, mesmo assim, quando ouso sentir frio, tem aquela primeira jaqueta que me esquentou pela primeira vez.... e, então, pra sempre.
esse mundo aqui, esse não aceita lágrimas. qual motivo eu teria pra perder forças senão com esse amor sublime? é proibido. e, ainda assim, eu não me importo. porque só penso em sorrir pra você. por você.
em todas as partes desse mundo, tudo me lembra todos os momentos vividos. e daí eu tenho cada vez mais certeza de que vale a pena e que o amor é de verdade. e vem dos dois. e eu passeio por tudo isso sentindo as mais diversas espécies de borboletas, voando, aqui dentro do meu estômago. e eu te conto e você me diz que com você é igual. e rimos juntos.
nesse mundo que eu criei, todas as danças são suas. e os passos são certos. e a sintonia, incrível. os sonhos se tornam a mais linda realidade no dia seguinte.

esse mundo aqui, esse que eu criei... não existe.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

meu inconsciente me trai, ou eu traio meu inconsciente?

sexta-feira, 11 de junho de 2010

oca.

e ele volta. agora em curtos espaços de tempo. e eu sinto cada vez... menos.

sábado, 29 de maio de 2010

desabafo.

tem toda uma conseqüência de fatos gritando aqui dentro. o trabalho agora é descobrir o que é tudo isso misturado. a perda do amor é como um TCC. você tem todo um projeto planejado dentro da sua cabeça. introdução, objetivo, método, pesquisa de campo e conclusão. no meu TCC ainda encontro referências bicliográficas das mais variadas. é um projeto complexo, principalmente a conclusão do todo. concluir algo que não se quer é bem delicado.
teria a vida uma pós-graduação, mestrado e doutorado? me sinto doutora. não da vida toda. mas do amor. tenho a impressão de que minha proposta teórica e prática é das melhores. mas ninguém entende. ninguém parece ter interesse em ler a respeito. sinto um zero como nota final. e então eu penso se não sei nada sobre o tema ou se o mundo que não tem interesse no assunto.
o amor não parece ser primordial aí fora. e os leigos não parecem querer saber sobre um assunto que não fazem questão de usar.
e eu lembro de Clarice, morrendo de amores por aí. e de tantos outros, indo embora tão cedo, com certificados enterrados. junto deles.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

med(o.e)idas.

o coração grita no peito que a medida é errada. a razão passa por cima, dizendo que a decisão é certa.
nessas horas o que eu mais precisava é de um mediador dessa relação doentia que acontece aqui dentro. media logo esse conflito e entra num acordo. a sensação que tudo isso me causa é de uma possível explosão. - você vai explodir a qualquer momento, eu penso.

enlouquecer de amor é possível. curto circuito que de curto nada tem. é o circuito mais longo da minha vida que me faz quase entrar em parafuso.
que tipo de sentimento é esse que se destrói? desconheço. e compreendo. ou tento. porque compreender é qualquer tranquilizante pra alma. pra dor. e, se não compreendo, finjo que tudo faz sentido. porque é assim que tem que ser.

amar sozinha é a coisa mais difícil do mundo. principalmente quando é amor de verdade. e um pouco pior que amar sozinha é achar que o amor é recíproco quando não é. a porrada é certeira e derruba qualquer resquício de felicidade. eu não sou feliz. agora. eu só achava que era. eu só me enganei. eu só fui enganada. amar sozinha é impotência pura, como qualquer coisa que vem do amor. o amor tem como sinônimo isso: impotência. essa falta de controle que sempre foi tão difícil pra mim, existe. e quando eu aprendi que não controlo nada e resolvi entrar na montanha russa que essa vida é, caí de cara no chão.

como lidar com o ponto final antes de você? você deixando de fazer parte da minha história? meu coração grita desesperadamente -É IMPOSSÍVEL! IMPOSSÍVEL! e cada vez que se debate aqui dentro eu perco o ar. são mais de três batidas por segundo e eu simplesmente acho que vou morrer. e eu merecia morrer um pouco, é isso que eu penso. eu merecia esse momento de paz. sem gritos, sem desespero, sem você. pisar no meu próprio coração, pra amassar essa dor e colocar a razão no lugar, pedindo dois cérebros de uma vez só. é isso que preciso. dois cerebelos, dois lóbulos frontais. mais mil neurônios pra poder queimar sem ter seqüela alguma.

mas eu esqueço que sempre fica a seqüela. a seqüela de perder você pra sempre. a seqüela de um amor jogado fora.
parte do meu coração.
necrosado.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

gaveta.

O que de fato é o amor?
Eu não sei dizer. Mesmo. Eu só sei sentir. E, no amor...

No amor você espera que a pessoa que você ama te dê parte daquilo que você precisa.

O que eu preciso?
Eu preciso de carinho. Preciso de segurança. Sei que ninguém pode me dar 100% de segurança. Afinal, quando temos 100% de alguma coisa, que não nossa? Tudo o que vem de fora tem sua parcela de incertezas. Mas o que eu preciso é a segurança de um sentimento vindo de você. Eu preciso saber que você tem um pingo de certeza aí dentro de que é comigo que você quer ficar. E que nada nem ninguém vai mudar o que você sente aí dentro. Eu preciso de mãos dadas. E de olhos nos olhos. Eu preciso de um alô. Da sua preocupação comigo. Da sua saudade de mim. Real. Não preciso de tantas palavras. As palavras são perdidas pela brisa do dia-a-dia. Mas os gestos, mínimos que sejam, ficam guardados aqui dentro do meu coração.

Tem uma gaveta inteira que eu reservei só pra você. E ela continua vazia. Um ano e meio de gaveta vazia. Você colocou e tirou todas as coisas. Não deixou nenhuma lembrança significante de um sentimento real. E eu permaneci com ela aqui, guardada pra você, ocupando mil outros espaços pra novas gavetas. É a tal esperança que a gente tem de que a pessoa que a gente mais ama vai voltar.

Eu me acostumei a ficar sem você durante todo esse tempo. E a gaveta emperrou aqui no peito. Não abria, não fazia barulho... e eu esqueci. Fui inventando novas formas de viver sem esperar qualquer nova possibilidade. Me contentando momentaneamente com as novas possibilidades de gavetas. Mas nenhuma se encaixou ao certo no meu peito. O molde sempre era outro. E meu coração, duro, não dava nenhuma abertura diferente. O molde tinha que ser igual ao seu. E de igual, a gente sabe que nada existe. E era você. Sempre foi sua essa gaveta.

Mas o que eu não quero enxergar, ou talvez não quisesse - porque sinto que vejo tudo meio claro demais, hoje - é que quem não se encaixa nisso tudo é você. Cada vez que volta, vem em um formato diferente. E, como eu disse, meu coração, duro, só aceita o primeiro formato teu. Compreende? Então você se achega, tenta entrar aqui dentro, machuca tudo por aqui, desiste e vai embora. Se recompõe, chega num novo formato, e tudo se repete.

Você não sabe que cada tentativa de encaixe machuca toda a lateral do espaço que guardei pra você. E que, diferente de você, nada aqui se recompõe, nada aqui se transforma. Fica marcado. E cada vez mais duro, pra tentar não doer da próxima vez.

Você é mole e flexível. E, se alguém acha que você não tem um molde bom, você resolve se adaptar. E se adapta a tudo, menos ao meu molde, menos ao meu coração.

O que é amor? Não sei dizer o que é, mas sei dizer o que, de fato, não é. E essas tentativas todas, infelizmente não são nem resquícios do amor de verdade. Nem resquícios de uma possibilidade de eu conseguir uma gaveta aí dentro de você, pra mim. Porque, quando a gente ama, não sei por qual motivo ao certo, a gente tenta de todas as formas um encaixe. E, se na minha gaveta não dá pra entrar, você vai lá e abre uma pra eu tentar.

Mas não há abertura. Não há tentativas entregues, inteiras.
Só há desistências consecutivas.

E, eu não sei o que é amor... mas isso... isso não é.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

- Alô?

ele me liga como um grito de socorro. desespero talvez.
- será que ela foi embora mesmo?
é um movimento quase que obssessivo. essa coisa de querer ouvir a voz já me passou pela cabeça. uma necessidade de saber se a pessoa do outro lado da linha ta viva e bem. sei lá, eu sempre sinto pelo tom da voz. mas eu me segurei. sempre pensei no desgaste que seria pra ele, no tu tu tu de toda vez que eu desligasse sem falar. e no meu desgaste de ouvir e sentir cada vez mais saudade.
pra mim sempre teve que ser perto. essa coisa de manter distância do que se ama não existe aqui dentro. eu gosto, eu quero. ponto. qual é a função de manter o amor longe de mim? sempre soube muito bem o que quis. pelo menos no quesito sentimento, sempre fui muito bem resolvida.
e daí eu lembro da intensidade minha diante das coisas todas. nos 304 "andrés" que escrevi pro menino da carteira ao lado, na 3ª série. e da minha cara de pau, falando que tinha alguém que gostava dele, morena, cabelinho channel e tênis preto. e eu era a única da sala assim.
eu tenho esse jeito peculiar de não sentir medo quando eu me apaixono. nem quando eu caio de cara no chão. nenhum sofrimento me fez ter medo de continuar. de seguir em frente.

e, então, "ver" ele lá do outro lado da linha, respirando mais fundo toda vez que eu falo "alô"... me entristece. porque eu fiquei o tempo todo esperando ele chegar. eu fiquei aqui, intacta, esperando... com borboletas no estômago e faltas de ar.
e agora quem sente a falta de ar é ele. e nem é uma falta de ar boa. sabe?
um comportamento perturbador. pesado.

eu fui embora, meu amor. tu tu tu...

sexta-feira, 19 de março de 2010

pois é, pois foi.

pois é. as coisas um dia sempre passam. a dor passa. o choro seca. o olho brilha. a vida volta a dar o ar da graça. o amor acaba. o amor renasce. o amor renova. o amor sossega. o coração acalma.

pois foi. foi embora a tristeza. foi embora o desgosto. foi embora a certeza doída. foi embora o sonho distante. foi embora a vontade injusta. foi embora o excesso da falta de tudo. e a falta do excesso daquilo.

pois é. é diferente do antes. sou diferente do que fui. ontem. sou agora. serei amanhã. diferente de hoje, ou não. igual a ontem, talvez. não sei. só é. é alegria gritante. é desejo de mais. é vontade de querer. é motivo pra sorrir. é expectativa de estar.

pois foi. foi lindo enquanto durou. foi triste enquanto machucou. mas foi. foi tudo. foi nada. foi muito e pouco. foi pesadelo e sonho. foi cinderela e bruxa má. foi perfeito. foi incompleto. foi vazio e transbordou. foi promessa. foi mentira. mas é.

sempre é. sempre há um pouco de mentira em tudo da vida. não uma mentira má. uma mentira incerta. cabível. sinérgica. real. mentira sincera. sinceras mentiras. falsas verdades do que se quer. acreditar. mas sempre foi.

foi o que se quis. o que se esperava ser. o que coube ali. a modelagem errada. a chuva no dia de sol. o arco-íris no dia de chuva. a regata na ventania. a malha em 40ºC.

mas sempre foi.
mas sempre é.

MUTÁVEL.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

não sei mais...

... (querer) amar ninguém.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

um favor. a ti.

e então eu acredito mais e mais que a distância ajuda tudo. quando você quer tirar uma pessoa de dentro do peito, a distância é fundamental. e talvez doa pensar em tirar do peito, arrancar nervinhos junto com ele, mas é melhor. e agora eu sei.
eu fiz um favor pra ele. mais pra ele do que pra mim. porque sempre foi tudo pra ele, não foi? na hora de tirar a dor não podia ser diferente.
eu fiz o favor pra ele. o favor dele conseguir seguir com a vida numa boa. o favor de amar alguém que é possível no coração dele. o favor de parar de se torturar em não conseguir me amar. o favor de parar de perder todo seu precioso tempo me dando toquinhos e se fazendo presente.
e por mais que tenha parecido frio e injusto, ele sabe hoje que foi melhor assim. pra ele.
eu fiz um pequeno favor pra mim. o favor de me valorizar minimamente... e de entender que eu também tenho o direito de me afastar. que eu tenho o meu orgulho e que eu posso morrer de amor. mas eu não quero. eu quero VIVER de amor. porque amor é vida. não morte. morte é dor.
e então eu resolvi morrer um pouquinho. pra mim. pra ele. morri pra ressuscitar. é meio louco, eu sei.
mas é bem assim que funciona aqui dentro.
e então a distância começou a ficar tão grande e ele tão pequeno, que eu parei de lutar contra mim mesma. e só deixei as coisas fluírem. e ele foi ficando Minúsculo com M maiúsculo. dá pra entender? não, né... eu sei.
eu não sei mais o que é o amor. eu sei que toda vez que eu penso nisso tudo meu coração cria uma batida a mais. e eu não sei se é porque tem medo de parar de bater, ou se porque voltou a bater forte de novo, como sempre foi. antes dele.
eu só sei que isso tudo é importante. e necessário.
eu preciso acreditar que tudo passou. preciso crer que encontrá-lo não significará absolutamente nada. preciso seguir a minha vidinha e me abrir pro novo.
tem um monte de novidade por aí. eu sei que tem.
e eu descobri que eu preciso ser amada. muito. e que eu quero ser cuidada. e não cuidar. e que isso tudo se tornou um bloqueio tão grande.... e que eu preciso me curar.

eu fiz um favor.
pro meu coração que implora em bater de novo.
pro amor.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

barganha.

é aquela necessidade de saber dele que me corrói. esses dias.
eu atendo o telefone e ouço a voz dele. qualquer pessoa que me liga é ele. e eu tenho estado tão forte na minha decisão de seguir a minha vida... e eu tenho seguido a minha vida de uma maneira tão difícil. porque eu não consigo encontrar forças pra achar alguém que me tire desse luto eterno.
ele tem o poder de me fazer esquecer que existe outro alguém que pode me fazer feliz também. é isso. eu olho lá pra fora e só vejo aqui dentro. e eu não entendo mais nada. não sei o que se passa.
por que eu acho que nunca mais vou conseguir amar? é assim que o ser humano funciona? quando bate o dedinho na quina da porta, tem medo de andar pela casa? por que a cabeça é assim?
por que a MINHA cabeça ta assim? eu preciso re-aprender essa arte toda de amor. eu amei tanto e tão sozinha, que eu não quero mais que seja assim. e eu pergunto todos os dias se eu já fui amada por alguém... e tenho tanto medo da resposta!
eu preciso encontrar um 'ele' possível. um 'ele' que me cause borboletas, que faça meus olhos brilharem, que me faça ter falta de ar e perder o chão.
eu preciso de amor de novo.
por favor.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

tudo novo, de novo.

2010 não começou como planejado.
dizem que quando tudo começa errado é porque o ano será absurdamente maravilhoso. então que seja assim. porque eu preciso de maravilhas nos meus dias. preciso muito.
o emprego não deu certo. ainda. por causa de um país que funciona só por gambiarras mesmo. tudo combinado. mérito não equivale a absolutamente nada. foi a primeira decepção de 2010. ontem. mas não chorei. achei que choraria. mas não caiu uma lágrima.
aliás, minhas lágrimas secaram.
acho que endureci um pouco.
terminei 2009 completamente endurecida. me submeti a mais uma tentativa em vão. mas avisei que seria a última. pra ele. e pra mim. e, por mais que na hora eu não acreditasse muito que isso seria internalizado de fato, fixou aqui dentro.
e eu resolvi resistir a todas as semi-procuras dele, dias depois. porque a falta de resposta foi interpretada como "não, eu não vou ficar com você". e então eu aceitei o não simbólico. e resolvi que 2010 seria uma vida sem ele. sem sofrimentos e sem esperas. porque eu não consigo mais deixar meu coração esperando. a falta de respostas matou metade de mim em 2009. e eu preciso recompor tudo isso pra amar de novo, inteira. então eu endureci.
dia 01, 00:03, eu chorei. fui lá pra estradinha de terra e chorei. chorei 2009 inteiro, todo o sofrimento do amor sozinho, da vida parada, do vazio, da falta. de tudo. chorei até apunhalar por completo. apunhalei a dor e joguei lá na estrada mesmo.
agora vou atrás. vou atrás de um ano cheio de coisas novas. vou atrás da força que sei que tenho pra não andar pra trás de novo. vou atrás da coragem pra matar esse amor de vez. vou atrás da luta por um emprego. vou atrás da minha felicidade.
recomeço a minha vida, do zero. como se tivesse 1 ano de idade de novo. e aprendo a caminhar, engatinhando.
tudo novo, de novo.
e eu sei que sou capaz.
eu sei.