terça-feira, 23 de agosto de 2011

...

nunca mais.
li um texto da Ju ontem sobre isso. o arrepio que dá quando você ouve essas duas palavras e, então, percebe que não estão tão distantes.

eu não sei amar. sou um poço de excessos, transbordando sentimentos e palavras e atitudes. esperando que quem eu amo recepcione tudo isso, esse aglomerado de informações, e me acolha. reaja positivamente. aceite, diga que também me ama e que ta tudo bem. felizes para sempre. mas, não. eu sou pesada. peso uma tonelada pros outros. eu e meu amor. chego com ele nos braços, com uma leveza que é só minha. e, quando entrego nas mãos do Outro, ele cai. esmagado. sufocando. asfixiado.

e vai embora. sai correndo, apavorado e não me explica porquê. e, desolada, pego a tonelada no chão, leve novamente em minhas mãos, cabeça baixa. e vou embora pro meu lugar comum. o 'nunca mais'.

nunca mais amor.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

o erro.

escolhas.
são sempre elas que me atordoam. e é sempre o 'não-saber' a hora de ficar e ir embora. cessar todas as expectativas, o que é real, o que é fantasia. a projeção. ou as várias.
olhar pros lados e não ter quem abraçar. faz tempo.
permanecer interpretando a calmaria. reprimir o desejo de explodir e falar todas as verdades que me parecem tão claras. entender que só são claras pra mim.
aceitar novamente o silêncio. aquele que eu sempre tive pena de usar. pelo sofrimento que causa. mas ninguém tem pena. não de mim. e todos se calam e esperam que eu entenda e parecem não se importar.
esse esteriótipo de um mantra, um poço de calmaria... o esteriótipo que eu mesma criei de mim. defesa, sabe como? receio. falta de paz.
e a escolha, mais uma vez, errada.
auto-flagelação simbólica.
e decidir ir, querendo ficar.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

velho/novo.

Tinha esquecido como era.

As borboletas, pensamentos novos, expectativas, alguns curtos planos. Algumas frustrações.
O aperto no peito que quer gritar. E então, a repressão. Tentar manter o equilíbrio pra não enlouquecer. E esperar. Sempre esperar. Tentar pensar menos, focar no concreto. Cortar as asas e deixar de voar.

Sentimentos novos são sempre súbitos. Intensos. Agudos mesmo. E entrar em contato com eles é sempre um pouco angustiante. Ou muito. Codificá-los, traduzi-los, organizá-los. Medir. Dosar. Decidir pra onde ir. Como ir e porque, finalmente, ir.

D.E.C.I.D.I.R = Racionalizar o que é puramente emoção.

Desaprendi como deve ser.