quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

é.

a batalha é longa pra você entender
















que está sozinho.

domingo, 9 de dezembro de 2012

associação livre.2.

sem pensar o suficiente eu já tenho certeza. sempre fui extremista e nunca me contive. ou é, ou não é. dificilmente a dúvida paira e, quando aparece, passo dias adoecida. meu corpo não suporta tanta explosão querendo gritar. algo a la firework. meus sentidos aquecem e então eu queimo em febre.
 
é pedido de socorro.
 
não consigo pedir perdão pra mim mesma. me olho no espelho e sempre me sinto completamente responsável por tudo o que passei. enquanto isso, minha alma sai perdoando as tantas outras que já passaram pelo meu caminho, sensibilizada pela doença que elas carregam consigo. são almas pequenas, vazias, perdidas dentro desse mundo enorme e tão cinza.
 
o mundo é cinza. as nuvens brancas, carregam toques acizentados que sobrepõem o azul do céu querendo destaque. as folhas caem mortas, os troncos desfalecem sentindo dor. absorvem os sentimentos humanos, demasiadamente humanos, como Nietzsche diz.
 
enquanto temem pelo fim do mundo, pelos tsunamis ou pela ausência de água, eu só desejo ar. de que adianta a permanência do globo se não se pode respirar? as pessoas sufocam. os espelhos esgotaram nos comércios e dentro de casa só restam cacos cromados. quem inventou o espelho sabia o que fazia e por que fazia. só não conseguiu a notoriedade da ideia.
 
eu queria 24 horas da noite.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

toc (ar) toc.

ele faz questão de encostar em mim, e eu acho graça. num mundo onde as pessoas têm medo da proximidade, encontrar alguém adepto ao toque é incomum. costumeiramente ele encosta as mãos na minha pele. braços, mãos, ombros, rosto. eu sinto os lábios dele nas minhas bochehas e quase que subitamente fico rosada.

aqui funciona assim.

a minha cara de pau aparece nas horas menos propícias, e no momento certeiro me falta oxigenação nas veias e o sangue sobe imediatamente pro rosto. só sei, então, sorrir.

ele tem os cílios enormes, os cabelos bagunçados e um sorriso com mais de setenta e dois dentes. todos eles branquinhos e tão corretos. ele pensa pra falar e fala pouco o que pensa. fica sem jeito perto do incontrolável e mantém a postura tão centrada e tão misteriosa.

eu não sei ler seu mistério. fico analisando passo-a-passo, sempre em vão. ele tem um jeito de se esconder tão descaradamente sutil que me intriga. passaria horas olhando para aquele rosto a la príncipe encantado, sem me cansar de cada pedaço desse mistério inteiro.

ele me causa uma paixão momentânea e me pega desprevinida, sem planejamentos e reações. me faz imaginar como ele espera que eu retribua cada toque.

e, sem que eu espere, ele toca meu mais íntimo: minha alma.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

associação livre.1.

há tanta coisa no seu mundo. tantos sonhos, tanta vida, tantos vínculos, tanto nada. é que o ser humano tenta o tempo inteiro preencher todos os vazios e depois esvaziar os preenchimentos que tudo se entrelaça e vira um nó. você espera se entrelaçar com o maior número de pessoas possíveis, pra não terminar só. a solidão é demasiado dolorosa e então as pessoas vão sendo introduzidas de alguma forma no seu mundo sem ao menos ter o encaixe correto.
 
(pra mim, a vida é um encaixe. não é tudo que cabe. não em todo mundo.)
 
pior do que a falta de formato, é o formato de um lado só. você espera a perfeição de um quebra-cabeça e esquece que sempre pode faltar uma peça para o gran finale. e o que é bonito pra você, pode não ser exatamente o mesmo para o outro. e então, o nó.
 
você pode oferecer um abraço e a pessoa só o dedo mindinho do pé. o seu mundo desmorona e ninguém te ajuda a montar. você sorri com a cara e o outro quer roubar teu sorriso. o teu mundo existe só pra uma pessoa: você.
 
e as pessoas atiram em mendigos nas ruas, indefesos e em pessoas em pontos de ônibus vazios, porque os ônibus foram queimados e ninguém mais pode sair na rua sem ter medo de uma bala perdida, e isso tudo porque o outro negou um abraço.
 
afinal de contas, os braços estavam muito ocupados pra carregar o peso de uma falsa felicidade. é tanto tempo perdido consigo mesmo que o corpo pede arrego. e então começa a usar o corpo dos outros, sem sequer arcar com a manutenção de um tórax inteiro. vazio.
 
o ventilador gira rápido aqui em cima. a luz pisca e o remédio começa a fazer efeito. ventilador? eu penso. ventila-a-dor.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

oxi.gênio.

um estalo no meio da noite. tantas pessoas se cruzando e mesmo assim o mundo parece sozinho. cada um dentro de sua loucura regada a bebidas fortes e drogas pesadas. um mundo insano. os olhares se cruzam e até se encostam, como um pedido de socorro. mas subsequentemente se perdem. conversas desconexas, imagens perdidas na memória que não precisa ter importância. e inclusive, parece tão insuportável.

alguma vez fez sentido?

a noite inteira dedicada a todos os tipos de pensamentos e análises e observações. e a única conclusão de não caber ali. o espaço é tão grande e a casa nem está cheia. já reclamei tantas vezes dos corpos se batendo em mim, implorando por um espaço. meus dedos dos pés já imploraram por folga e só obtiveram roxos como lembrança do caos. mas agora é diferente. há espaço, os corpos minimamente se respeitam e mesmo assim sinto falta de ar.

não pertenço a este lugar. o espaço é tão pequeno pra uma vontade enorme de ser eu mesma, sem precisar das garrafas intermináveis de vodka e energético e as drogas necessárias pra colorir as luzes sempre tão amareladamente opacas.

eu não caibo nessa enorme caixa. por trás dos corpos dançantes eu vejo um bocado de almas perdidas, tentando preencher o vazio alimentando os orifícios dos corpos da maneira disponível ali. línguas se tocando, mãos se esfregando e partes dos corpos totalmente expostas.

e eu que só consigo expor a alma, esta que olhares perdidos não conseguem enxergar?
falta oxigênio nesse ar.

domingo, 11 de novembro de 2012

raso.

(as coisas acontecem por algum motivo mesmo. só pode ser.)

você pensa pra si mesma, e ao mesmo tempo parece um grito pro mundo.
depois de passar as horas pensando bobagens rasas e se afogar. não há pedido de socorro que te salve disso tudo que te machuca e te consome.

pior do que não ter as respostas que o mundo promete te dar, é ter consciência do silêncio e mesmo assim plantar esperança em qualquer terra morta que encontra pela (sobre)vida afora.

você tem um olhar 360 graus e observa as pessoas respirando. tenta adivinhar se respirar é o suficiente pra elas e então percebe a própria falta de ar. constante. e a poça d'água, logo ali na frente. e, em segundos, uma enchente adentrando os pulmões.

sufoca.

no peito cheio não cabe mais nada.
transbordou angústia.

sábado, 3 de novembro de 2012

pra você.

você procura um colo pra deitar e eu te ofereço meu corpo inteiro. existe um bocado de alma em mim e em você. e em cada toque de pele nossas almas se encostam e existe então uma troca de sonhos. tenho sonhado sempre com você.  
você olha pra mim e eu sinto vontade de sorrir. seus olhos estão normalmente brilhantes. pequeninos e levemente inchados, como uma criança que acaba de acordar. e combinam com seus cachos que eu tanto gosto. eu teria um cachinho seu, roubado, em um potinho pra guardar de lembrança.
gosto quando você me chama de preta com um toque de charme. daqueles que um garotinho faz quando quer ganhar um videogame. ou quando quer dar qualquer demonstração de carinho e não consegue. você fica sem jeito e eu sei te ler inteiro e te abraço com os olhos.
eu admiro seu jeito meio reto e meio torto de tentar fazer tudo certo. e ao mesmo tempo amo cada pedaço da sua parte errada. observo você se considerar tão imperfeito, sem tentar transparecer, e é justamente nessas horas que eu encontro a perfeição em cada curva dessa sua alma confusa.
eu gosto de todos os seus lados. de como você passa as mãos nos cabelos e depois as coloca no rosto, quando não sabe o que dizer. e suas tentativas de mostrar ao mundo que vai ficar tudo bem. gosto de como você se expõe pra mim sem perceber. eu conheço cada cor e cheiro e detalhe da sua alma, sem ao menos ter que analisar. é natural. como a matéria da minha aula favorita. você entrou em mim como uma teoria. e eu espero todo dia pela prática.
eu te amo e meu amor já se tornou involuntário. eu sei te amar de todas as formas que existem, infinitas e variáveis. você se encaixa em todos os formatos do meu coração. eu te sinto dentro de mim, como se fôssemos, hoje, duas almas entrelaçadas, brigando pra caberem em dois corpos.
eu também não sei mais como te amar. não doutro jeito. te amo entregue, inteira, aberta, esperando você entrar. todos os dias.
e entra.

domingo, 28 de outubro de 2012

biosfera.

é sábado a noite e estou na minha cama. pensando em você. a última conversa que tivemos foi na quinta-feira e já parece uma eternidade. às vezes me bate um medo de pensar o quão importante você se tornou na minha vida. é um amor que faz cosquinhas e ao mesmo tempo dói.

o engraçado mesmo é eu nunca ter imaginado construir esse nosso sobrado. tão lindo quanto a sua casa de teatro. aquela sacada é nossa. a torre e todo o resto.

existe um mundo lá fora e nós dois sabemos disso. um mundo de possibilidades. e, apesar disso, é sempre a mim que você escolhe e re-escolhe. entre essas escolhas, a estrutura do nosso sobrado balança um pouco. e eu, da sacada, sinto medo. eu gosto tanto de voar e nessas horas me bate um medo de altura!

eu não tenho sabido viver fora desse sobrado. e se ele desabar?

eu te escolhi faz tempo. você é o amor da minha vida. e vai ser pra sempre. o nosso amor é do tipo romântico. funciona como plano de fundo, estilo marca d'água. um amor de romance. um amor "Crepúsculo". e eu adoraria poder virar vampiro, como você. mas... eu não posso. e você não faz ideia de como isso me maltrata.

nós nascemos um pro outro, em Neverland. com casamento na praia, tochas na festa e balão na lua de mel. tudo isso ao som de ThePianoGuys, tocando Without You. risos. e essa história é tão perfeita quanto a que temos hoje. tão linda quanto a torre do nosso sobrado...

...faz calor lá fora e o que eu mais desejo nesse momento é o 'plim plim' do whatsapp, com seu nome na tela do celular, dizendo que está tudo bem. e que você demorou pra dar notícias porque todas as lojas de construção estavam fechadas. e você não podia esperar pra comprar aqueles tijolos. aqueles que serão usados pro terceiro andar do nosso 'castelo'.

e pra, então, eu poder te responder, antes de dormir: eu te amo, biosfera.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

prisioneira.

ela era só uma menina. escondida no corpo de uma mulher extremamente bem-resolvida.
uma menina assustada com o mundo lá fora. como se pertencer a ele fosse uma pena de morte.
afinal de contas, seus princípios eram tão distintos do resto desse tal de mundo, que se moldar a essa nova forma de pensar significava atestar a própria prisão. permanente.

(se eu entrar lá dentro, não vai dar mais pra voltar.)

assustada, deu dois passos pra trás.
e sem perceber, já havia entrado no mundo.     

domingo, 30 de setembro de 2012

reboque emocional.

"Se existisse um prefeito com uma campanha de combate
aos buraquinhos emocionais, eu votaria nele!"
 
cada um tem uma sina. genericamente falando,  sempre pende pra algum canto da vida. e a vida da gente tem rotina. quase sempre a mesma pra todo mundo. logo, quase sempre a mesma sina pra quase todo mundo.
em mais uma de nossas conversas, encontro a mesma sina. minha e dele. aquele bocado de buraquinhos que não preenchem nem com reza braba. mais que sina, um tipo de karma. o karma dos eternos apaixonados.
esse tipo de (minha-nossa) gente  tem como objetivo principal na vida encontrar o amor de uma vida inteira. esquece que pelo menos um terço da vida já passou. o nosso “sistema emocional” é como um recém-nascido. tudo significa e re-significa uma primeira e única vez. o mesmo gosto, o mesmo cheiro, a mesma intensidade. e o mesmo tombo. ainda pior, a mesma dor. uma constante e aparente  eterna dor.
e o repeat depois do reboque. com material fajuto, claro. ali adiante, um novo buraquinho se abre, se juntando à coleção de incontáveis buraquinhos a serem preenchidos. nada mais importa. lá vem o karma.
karma? vício dos eternos apaixonados.


domingo, 2 de setembro de 2012

Dionícius Barros.

a gente morre três vezes - ele disse.
- como assim?
- foi lá no teatro que disseram. a primeira vez é quando nosso coração para. a segunda, quando nos enterram. e a terceira é quando uma pessoa fala seu nome pela última vez.
 
e foi aí que pensei: eu nunca falarei o nome dele pela última vez.
- mas eu acho que quando alguém é importante pra gente, não tem como não falar o nome da pessoa nunca mais.
 
foi o jeito que encontrei de falar da eternidade do amor que eu sinto por ele.
 
eu nunca vou deixar de falar o nome dele. ou os nomes, talvez. porque são vários. dependendo da época, dois ou três. agora, por exemplo, são novos dois nomes: Dionísio e Vinícius. fora o dele.
 
essa tarde dividimos uma garrafa de vinho e falamos sobre os três. três em um. como o nome daquelas gincanas dos programas vespertinos de domingo.
três nomes interagindo num só "eu" . uma mistura gostosa pra quem vê de fora. uma intensidade de emoções saltitantes e hiperativas e gritantes e... ufa! lindas.
 
e eu, lá longe e bem perto, só consegui pensar no meu amor dividido em três terços: um pro Dionísio, um pro Vinícius e um pra ele. ainda pleno. todos os terços.
 
e a impossibilidade de falar uma última vez,
 
Dionícius Barros. 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

éque

tem aquilo de descobrir que quando tudo é muito ótimo, deixa de sê-lo. aquela necessidade desnecessária do ser humano não achar nada suficiente. nem a própria suficiência. saca? a necessidade de preenchimento e, logo em seguida, esvaziamento. e a plena consciência do movimento todo.
tem também a falta de. e a necessidade de buscar, mas a preguiça de levantar os pés. e o receio. de não encontrar. não pelo tombo. o tombo a gente sempre tem. mas pela possibilidade da hipótese virar certeza. de que não há. não mais. acabou. o mundo eliminou. as pessoas eliminaram.
e então deixar aquele buraco ali se torna cômodo. como o sistema límbico de um psicopata. como pisar no chão o tempo inteiro. e deixar de andar descalça.
um novo princípio de coragem. objetivar aquilo que bate dentro do peito.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

cada escolha, uma renúncia.

As pessoas confundem. Ou melhor, estão confusas. Perderam a noção de respeito, de espaço, do BEM. Tudo foi banalizado. De coisas a pessoas.
Nada mais parece ter a menor importância, a não ser o próprio espelho.
Um assunto sério vira piada em redes sociais. Por alguns dias. Depois o mesmo assunto é trocado por um de completa insignificância. Pra mim tanto faz. Deixo de lado a piada pronta que faz tanta graça pra quem quer que faça. Irrita tanto pra quem aparenta maior intolerância.
Mas do lado de lá, o assunto continua. A visão midiática dando notícias das mais diferentes formas possíveis. E uma vida possivelmente destruída.

O boato de estupro apresentado nas mais diversas redes sociais, criado por algum babaca que gasta seu dinheiro pra cuidar da vida alheia, causou enorme repercussão na mídia. E na vida do acusado. O que esse indivíduo, que resolveu divulgar o pensamento perverso dele pelo twitter, não entende é que a acusação imputada por ele não foi e nem é brincadeira. Que se trata de duas pessoas: uma, vítima; outra, agressor. Supostos, claro. pessoas. Carne, osso. HUMANAS.

A partir do momento em que tal acusação se tornou PÚBLICA, a justiça se sente – e isso não é ruim -, na obrigação de apurar os fatos. Ainda bem, não? O Brasil reclama tanto da eficácia judicial, não é mesmo? O que ninguém entende, tão pouco o IDIOTA acusador, é que o poder judiciário leva a sério. Que estupro é sério. Que a visão social, civil do estuprador é horrenda. E que o acusado passará o resto da vida carregando o esteriótipo de “porco, nojento”, independente da conclusão da investigação apresentar provas ou não; absolver ou penalizar.

Esse OTÁRIO que divulgou na internet, COM CONVICÇÃO, a prática de abuso sexual de Daniel contra Monique, destruiu uma vida. Uma não, duas. Porque a suposta vítima, Monique, sempre será questionada sobre os fatos.
Independente de dizer, como já vem dizendo, que nada ocorreu. Alguém sempre desconfiará. E ela sempre carregará o peso da dúvida alheia. O que fará ela questionar algumas coisas e criar a própria dúvida.

Esse ESCROTO que afirmou o estupro no BBB, instigou milhares de mentes PERVERSAS que continuaram divulgando a acusação como piada. E por responsabilidade de todos esses infelizes, duas pessoas serão apontadas por um bom tempo como monstro/coitada.
Eu só tenho que lamentar. Pelo vazio. Pela podridão humana. Pela perversão exacerbada da pós-modernidade. Pelo egoísmo. Pela liquidez. Pelo mau uso da criação e do pensamento humano. Pela sociedade que não parece ter cura.

Pelos tempos de guerras covardes.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

não existe amor em SP.

São cinco horas da manhã e eu durmo desde às 21h30. Sonho com todo tipo de coisas. Uma bem claras, outras camufladas. A última imagem que tenho antes de acordar de sobressalto, é de um homem magro, caído no meio da av. 23 de maio, feição misturada entre morte e susto. quando, de repente, abre os olhos e grita de dor.
Acordo e choro. Cinco horas da manhã e a angústia grita e mata. Queria que minha cabeça parasse um pouco, ao menos dormindo. Os comprimidos de Valeriane não fazem mais efeito algum e eu acordo doendo.
Não existe amor nem em SP, nem no mundo, penso. Começo a me desencaixar de novo. Viver apertada cansa. Parece sempre muito pouco e dói. Dói ainda mais quando você deixa de aceitar as migalhas do mundo.

São cinco e meia agora e eu ligo o computador pra encontrar respostas. Seria tão fácil digitar no google qualquer pergunta da minha vida e encontrar 2.658 páginas com as mais diversas respostas.
Queria ser criança de novo. Colocar meu short de lycra, minha camiseta pakalolo, passear dentro do carro, fazendo careta e achando graça das pessoas que passam por mim, contemplando a inocência que um dia tiveram e também foi embora.
Começou a ser difícil de novo enfrentar a escuridão das noites.