"Se existisse um prefeito com uma campanha de combate
aos buraquinhos emocionais, eu votaria nele!"
cada um tem uma sina. genericamente falando, sempre pende pra algum canto da vida. e a vida
da gente tem rotina. quase sempre a mesma pra todo mundo. logo, quase sempre a
mesma sina pra quase todo mundo.
em mais uma de nossas conversas, encontro a mesma sina.
minha e dele. aquele bocado de buraquinhos que não preenchem nem com reza
braba. mais que sina, um tipo de karma. o karma dos eternos apaixonados.
esse tipo de (minha-nossa) gente tem como objetivo principal na vida encontrar
o amor de uma vida inteira. esquece que pelo menos um terço da vida já passou. o
nosso “sistema emocional” é como um recém-nascido. tudo significa e
re-significa uma primeira e única vez. o mesmo gosto, o mesmo cheiro, a mesma
intensidade. e o mesmo tombo. ainda pior, a mesma dor. uma constante e
aparente eterna dor.
e o repeat depois do reboque. com material fajuto, claro.
ali adiante, um novo buraquinho se abre, se juntando à coleção de incontáveis
buraquinhos a serem preenchidos. nada mais importa. lá vem o karma.
karma? vício dos eternos apaixonados.