domingo, 28 de outubro de 2012

biosfera.

é sábado a noite e estou na minha cama. pensando em você. a última conversa que tivemos foi na quinta-feira e já parece uma eternidade. às vezes me bate um medo de pensar o quão importante você se tornou na minha vida. é um amor que faz cosquinhas e ao mesmo tempo dói.

o engraçado mesmo é eu nunca ter imaginado construir esse nosso sobrado. tão lindo quanto a sua casa de teatro. aquela sacada é nossa. a torre e todo o resto.

existe um mundo lá fora e nós dois sabemos disso. um mundo de possibilidades. e, apesar disso, é sempre a mim que você escolhe e re-escolhe. entre essas escolhas, a estrutura do nosso sobrado balança um pouco. e eu, da sacada, sinto medo. eu gosto tanto de voar e nessas horas me bate um medo de altura!

eu não tenho sabido viver fora desse sobrado. e se ele desabar?

eu te escolhi faz tempo. você é o amor da minha vida. e vai ser pra sempre. o nosso amor é do tipo romântico. funciona como plano de fundo, estilo marca d'água. um amor de romance. um amor "Crepúsculo". e eu adoraria poder virar vampiro, como você. mas... eu não posso. e você não faz ideia de como isso me maltrata.

nós nascemos um pro outro, em Neverland. com casamento na praia, tochas na festa e balão na lua de mel. tudo isso ao som de ThePianoGuys, tocando Without You. risos. e essa história é tão perfeita quanto a que temos hoje. tão linda quanto a torre do nosso sobrado...

...faz calor lá fora e o que eu mais desejo nesse momento é o 'plim plim' do whatsapp, com seu nome na tela do celular, dizendo que está tudo bem. e que você demorou pra dar notícias porque todas as lojas de construção estavam fechadas. e você não podia esperar pra comprar aqueles tijolos. aqueles que serão usados pro terceiro andar do nosso 'castelo'.

e pra, então, eu poder te responder, antes de dormir: eu te amo, biosfera.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

prisioneira.

ela era só uma menina. escondida no corpo de uma mulher extremamente bem-resolvida.
uma menina assustada com o mundo lá fora. como se pertencer a ele fosse uma pena de morte.
afinal de contas, seus princípios eram tão distintos do resto desse tal de mundo, que se moldar a essa nova forma de pensar significava atestar a própria prisão. permanente.

(se eu entrar lá dentro, não vai dar mais pra voltar.)

assustada, deu dois passos pra trás.
e sem perceber, já havia entrado no mundo.