segunda-feira, 28 de julho de 2014

deve ser o frio...

... mas, lembro ter ouvido uma vez na Televisão, um pensamento que dizia: "bem aventurados os corações flexíveis, pois eles nunca se partirão".

desde então, sempre relembro essa frase. principalmente quando estou longe de você. achei que seria mais fácil agora. parecia tudo tão certo. essa sua decisão de pôr um fim na nossa história, decisão aceita por mim. nossa conversa pareceu tão esclarecedora, que eu tive a certeza de que ficaria bem.

doce ilusão.

queria ter a facilidade que você tem de encontrar outras pessoas e viver tranquilamente sua vida. cheguei por um momento a associar à idade. mas, depois lembrei que sempre morri de amor(es). nunca consegui - como você - na mesma semana "estar a disposição" de qualquer outra pessoa que fosse. deve ser bom. leve. tranquilo.

eu sempre me sinto pesada. como se eu carregasse nos ombros uma bigorna, que sempre me puxa pra baixo. eu sinto tanto a sua falta.

e estou aqui, diariamente, aguardando por dias melhores.
como os seus.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

30.08.2013 - 24.07.2014: e o infinito.

desligamos há pouco. conversamos como nunca antes. pelo menos não me lembro de qualquer conversa parecida.
sinto um pouco de enjoo, mas acredito que seja normal. tem aquele momento da digestão do luto, que requer algum tempo. vindo de mim, um bom tempo.

divagaria dias contigo ao telefone, não só sobre nós, mas sobre a vida. penso, no entanto, ter falado tudo o que podia antes de ouvir os dois barulhinhos e o silêncio do outro lado da linha.

relendo meus textos do blog, consequentemente relembro as minhas histórias de amor. sempre escrevi pra mim mesma, e poucas vezes divulguei meus textos para os protagonistas das estórias. e, apesar da intensidade das minhas palavras serem bastante similares, os amores nem de longe são.

de todos os amores até hoje vividos, foi contigo que eu mais aprendi. e com quem mais fui "eu". das outras vezes, vesti armaduras fortes, impenetráveis, e criei personagens pra manter o que eu acreditava ser recíproco. ilusão.
foi com a sua reciprocidade, e com o seu amor mais puro, de um garoto que sempre só quis viver, que eu pude ser eu mesma e enfrentar, paulatinamente, todos os meus fantasmas. testei diariamente as minhas inseguranças de um abandono aterrorizante. e me entreguei com uma veracidade e com a maior sinceridade do mundo. me despi, e não só literalmente. despi minha alma. você me ensinou a nunca ter medo de viver, e sempre combater os tabus do mundo quando se tem desejo e amor.

todo mundo sempre me achou "maluca" de dar a cara pra bater, ao enfrentar os outros (principalmente sua família). e eu descobri que, pelo nosso amor, eu enfrentaria o mundo ao seu lado.
meus lados. mostrei todos. alguns não agradaram, e aprendi que também posso desagradar. que não preciso alcançar a inalcançável perfeição.
aprendi a perdoar. deixar de lado o orgulho pra lutar pelo que acredito. e lutei. errando, acertando, sofrendo, sorrindo. lutei até o final.

nossos dias, juntos, foram lindos. separados, atordoantes.
nesses últimos meses, você foi a minha alegria. e também a minha angústia. mas SEMPRE, o meu amor.

obrigada pelas possibilidades. por você entregar quase onze meses da sua juventude a mim. por compartilhar o seu amor e por me deixar te amar. mesmo que com ressalvas e algumas boas defesas.

se eu pudesse voltar no dia 30 de agosto de 2013, faria exatamente a mesma escolha: você.

eu te amo. muito. e isso o tempo não apaga.
...
já sinto a sua falta.

com carinho,
Baby.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

das piores dores do mundo.

talvez um dos casais mais improváveis até pro Papai do Céu. nós dois somos a combinação perfeita dos signos, e isso é um tanto irônico. a gente se encontrou de uma maneira tão improvável, e tudo parecia tão certo. foi com você que eu me senti uma menina de 15 anos se apaixonando pela primeira vez. e foi com você que eu burlei quaisquer regras e éticas, por amor. me lembro como se fosse ontem cada ida à escada de emergência e cada beijo intenso no muro ao lado do Fórum. você me fazia perder o ar e eu ouvia seu coração bater tão forte que receava um ataque cardíaco fulminante.

eu sempre fui viciada em intensidade, e você foi a maior delas, em toda a minha vida. 

eu derrubei cada barreira de cada dedo apontado, atirando julgamentos de uma diferença de idade que nunca teve a menor importância pra nós dois. e eu tinha, no mundo criado na minha cabeça, a absoluta certeza que de todos os homens do mundo, você seria o único a me convencer a entrar na Igreja e repetir o discurso maluco de um padre. 

foi você que eu escolhi pra mostrar pro mundo que amor independe de qualquer coisa. e consegui, vitoriosamente, que as pessoas enxergassem o nosso amor. 
eu tenho dentro de mim duas caixinhas com o seu nome, separadas para guardar o bom e o ruim. e apesar de tudo, a caixinha "ruim" nunca transbordou. mesmo sendo menor, nunca sequer encheu. 

foi você que eu escolhi pra oferecer meu coração, a minha vida, tudo o que é meu. pra acordar pensando e pra dormir pedindo o melhor que o mundo puder oferecer. foi por você que eu perdi o sono e até a fome. e pra quem eu resolvi voltar, por não conseguir imaginar a minha vida sem. 

como cão e gato, a gente late e se arranha, relutando pra deixar um entrar definitivamente na vida do outro. e eu não sei ao certo porquê. defesa, talvez. medo de se perder no mundo um do outro, e não conseguir nunca mais sair. 
acontece que eu me vejo completamente perdida sem você. como alguém que enxergou a vida inteira e, por um incidente da vida, perdeu a visão. 

você foi embora com 50% do meu coração, voltou, e está indo embora com o restante.
eu, com 100% do meu coração nas suas mãos, permaneço em by pass. 


das piores dores do mundo,
seu adeus. 

segunda-feira, 14 de julho de 2014

da maneira mais simples:

era uma vez um casal.
o acaso colocou ambos exatamente no mesmo caminho.
ela, desiludida com o amor. ele, iniciando a prática do sentimento.
alguns anos separando, a priori, duas vidas.

se aproximaram. graças a ela. de alguma forma, ela já sabia. os olhares sutis (mas nem tanto) dele, instigavam. ela queria saber mais. dele. deles, juntos. abriu a porta, ele entrou. e a porta já estava trancada.

acontece que nada é tão fácil quanto parece, e a maneira diferente de ambos enxergarem a vida, prejudicou. ela tão tranquila e tão certa do que queria: ele. ele nada certo do que ela queria: ele. e, no decorrer dos meses, sentimentos de amor e ódio, oscilando como num transtorno bipolar.
no final, mágoa.

e então, eles se separaram. da pior maneira possível. machucaram-se, como puderam. e o vazio. ah, aquele vazio! pior do que a descrição dos textos de Lispector.
como ficar longe de um amor indescritível?

impossível, naquele momento.
resgataram-se. perdão, carinho, beijos e amor.
promessas de mudanças.
nulas.

pessoas tentando invadir o amor fechado a sete chaves.
e ela, apesar de tudo, com a absoluta certeza de que é ele e só. não há ninguém que possa invadir o terreno que ela cercou pra ele ficar. mas ele não entende. simplesmente não compreende. e insiste em achar que ela prefere os outros a ele. e que esse amor que ela demonstra diariamente, não é o suficiente.

e ela, então, começa a compreender que talvez, pra ele, esse amor que é tão único hoje em dia, em um mundo onde as pessoas se descartam e se desrespeitam, talvez não seja realmente tão valoroso pra ele, como ela gostaria que fosse.

e o que ela não queria que tivesse qualquer final, talvez tenha.
e ela aguarda o capítulo dois:

domingo, 6 de julho de 2014

associação livre.9.

difícil não esperar nada quando se tem amor na jogada. parece que cada célula do seu corpo resolve pedir oxigênio exatamente ao mesmo tempo. e então todo corpo foge do controle. desorganiza.

é normal sentir medo de sofrer de novo? me disseram que é. eu me disse que é.

quando a gente "perde" alguém pra outra pessoa, o mundo desaba. você se questiona o que fez de errado. por que não conseguiu fazer o outro feliz. se autodestrói aos poucos. em um primeiro momento.
no segundo seguinte, odeia. por fim, aceita.

e daí, a pessoa volta. e o amor está ali. aparentemente intacto.
só que o resto do corpo começa novamente a exigir oxigênio pra todas as células. dessa vez, insegurança. medo. esquiva. boicote.

tenho a mania de reagir conforme a ação do outro. ou então de acordo com a interpretação que dou à ação do outro. autodefesa emocional. peco às vezes. natural. peço desculpas. espero que aceite.

faz uma semana e três dias. o que somos exatamente? namorados (como agimos), solteiros (como ambos os status do facebook), enamorados (como quando nos beijamos), amantes (como quando transamos)?

frieza. da dificuldade que tenho em lidar com isso.
não faz sentido pra mim.
como amar alguém dentro de um iglu?

prefiro o quentinho de uma fogueira.
só precisava de ajuda.

ajuda?