segunda-feira, 8 de setembro de 2014

princesa.

quando eu te conheci (e não demorou muito pra eu te amar), prometi pra mim mesma que te amaria pelo resto da minha vida. (in)felizmente eu funciono dessa maneira. não sei ser mais ou menos. coisa de signo, talvez. ou de Bruna mesmo. sempre fui "oito ou oitenta", tudo ou nada.

não poderia ser diferente com você.

e eu tenho um jeito de amar que, sinceramente, não sei se é certo ou errado. e, na verdade, não acredito muito nesse discurso cheio de esteriótipos. cada um tem sua maneira de enxergar as coisas, e consequentemente de viver a sua maneira. respeito.

o ponto é que: o meu amor tem que ser pleno. e ele carrega, consigo, as coisas - do meu ponto de vista - essenciais pra que ele permaneça numa constante e, assim, dure "pelo resto da minha vida".
lembro do discurso do pastor do casamento que fomos, e um momento específico em que segurei o choro. foi quando ele dizia das três coisas essenciais dentro de uma relação. e era exatamente o mesmo pensamento que o meu.

eu tenho 27 anos (quase 28), mas acho que sonho de amor não tem idade. eu abri mão há muito tempo do meu conto de fadas. deixei de lado a ideia do sapatinho de cristal depois de levar tanta porrada do amor. mas, dentro de mim, aquela garotinha que espera ser tratada como uma princesa (contemporânea), ainda grita. e eu ainda espero o respeito. ainda espero o buquê de flores numa segunda-feira sem graça. eu ainda espero surpresas bobas sem datas especiais.

eu não quero um beijo do príncipe encantado pra acordar de um sono profundo. eu quero não precisar lembrar que eu mereço ser tratada com muito amor. porque eu sou tudo isso sim. eu sou muito, perto desse mundo de pessoas sem valores. e eu simplesmente não quero ter que diariamente reiterar o óbvio.

você chegou sorrateiro e roubou completamente o meu coração. e isso não é segredo mais pra ninguém. mas, assim como roubou, tem ultimamente amassado com prazer cada pedaço dele, me deixando sangrar toda vez que me trata como o resto.

tem uma cerca elétrica tomando conta de todo o contorno do meu coração.
esperando o momento de eletrocutar novas e futuras tentativas de agressão.

você tem jogado o "resto da minha vida" numa lata de lixo.
e, quando o caminhão passar, não terá devolução.