segunda-feira, 24 de maio de 2010

med(o.e)idas.

o coração grita no peito que a medida é errada. a razão passa por cima, dizendo que a decisão é certa.
nessas horas o que eu mais precisava é de um mediador dessa relação doentia que acontece aqui dentro. media logo esse conflito e entra num acordo. a sensação que tudo isso me causa é de uma possível explosão. - você vai explodir a qualquer momento, eu penso.

enlouquecer de amor é possível. curto circuito que de curto nada tem. é o circuito mais longo da minha vida que me faz quase entrar em parafuso.
que tipo de sentimento é esse que se destrói? desconheço. e compreendo. ou tento. porque compreender é qualquer tranquilizante pra alma. pra dor. e, se não compreendo, finjo que tudo faz sentido. porque é assim que tem que ser.

amar sozinha é a coisa mais difícil do mundo. principalmente quando é amor de verdade. e um pouco pior que amar sozinha é achar que o amor é recíproco quando não é. a porrada é certeira e derruba qualquer resquício de felicidade. eu não sou feliz. agora. eu só achava que era. eu só me enganei. eu só fui enganada. amar sozinha é impotência pura, como qualquer coisa que vem do amor. o amor tem como sinônimo isso: impotência. essa falta de controle que sempre foi tão difícil pra mim, existe. e quando eu aprendi que não controlo nada e resolvi entrar na montanha russa que essa vida é, caí de cara no chão.

como lidar com o ponto final antes de você? você deixando de fazer parte da minha história? meu coração grita desesperadamente -É IMPOSSÍVEL! IMPOSSÍVEL! e cada vez que se debate aqui dentro eu perco o ar. são mais de três batidas por segundo e eu simplesmente acho que vou morrer. e eu merecia morrer um pouco, é isso que eu penso. eu merecia esse momento de paz. sem gritos, sem desespero, sem você. pisar no meu próprio coração, pra amassar essa dor e colocar a razão no lugar, pedindo dois cérebros de uma vez só. é isso que preciso. dois cerebelos, dois lóbulos frontais. mais mil neurônios pra poder queimar sem ter seqüela alguma.

mas eu esqueço que sempre fica a seqüela. a seqüela de perder você pra sempre. a seqüela de um amor jogado fora.
parte do meu coração.
necrosado.

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