domingo, 2 de setembro de 2012

Dionícius Barros.

a gente morre três vezes - ele disse.
- como assim?
- foi lá no teatro que disseram. a primeira vez é quando nosso coração para. a segunda, quando nos enterram. e a terceira é quando uma pessoa fala seu nome pela última vez.
 
e foi aí que pensei: eu nunca falarei o nome dele pela última vez.
- mas eu acho que quando alguém é importante pra gente, não tem como não falar o nome da pessoa nunca mais.
 
foi o jeito que encontrei de falar da eternidade do amor que eu sinto por ele.
 
eu nunca vou deixar de falar o nome dele. ou os nomes, talvez. porque são vários. dependendo da época, dois ou três. agora, por exemplo, são novos dois nomes: Dionísio e Vinícius. fora o dele.
 
essa tarde dividimos uma garrafa de vinho e falamos sobre os três. três em um. como o nome daquelas gincanas dos programas vespertinos de domingo.
três nomes interagindo num só "eu" . uma mistura gostosa pra quem vê de fora. uma intensidade de emoções saltitantes e hiperativas e gritantes e... ufa! lindas.
 
e eu, lá longe e bem perto, só consegui pensar no meu amor dividido em três terços: um pro Dionísio, um pro Vinícius e um pra ele. ainda pleno. todos os terços.
 
e a impossibilidade de falar uma última vez,
 
Dionícius Barros. 

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