eu olho pro lado e já não te encontro mais.
o relógio completa às 15hs00 e da minha sala, só vejo os prédios e suas janelas que dão pra avenida principal do bairro.
esse bairro tão distante do seu.
as horas passam e você não passa. não mais. tento, então, não sentar mais de frente para a porta, pra não criar qualquer expectativa.
tenho caixas de elásticos lacradas e não pretendo usá-las. meus ventiladores quebraram e meu computador mal cobre 1/4 do meu rosto.
e não faz a menor diferença. meu rosto descoberto não precisa esconder os olhares discretos que miravam o corredor estreito.
os 50 metros se tornaram 28 quilômetros. esporádicos. intermináveis. e os sorrisos constantes parecem árduos.
aquele meu desejo de criança, de voar como um passarinho, ou segurar milhares de balões só pra sair um pouco do chão, tornou-se uma constante. porque, se eu voasse, chegaria mais fácil até você.
de aniversário, então, peço asas.
e, no aguardo, meus sonhos diariamente te encontram.
(te amo)
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