domingo, 12 de novembro de 2017

meu 2017.

eu poderia dizer que são os seus cabelos. o jeito como eles enrolam da raiz às pontas e dão o formato exato pro seu rosto marcante. ou então a cor dos seus olhos, e como os cílios intensificam o castanho claro que brilha toda vez que você pisca.

eu poderia ainda dizer que são os seus lábios somados à sua barba bagunçada que arruma o restante do rosto. ou suas grandes mãos, que oscilam entre força e delicadeza, e me conquistam a cada toque.

tem também suas costas, pernas, pés, nádegas e pênis.
poderia ser seu corpo inteiro, entende?

e não é.

são seus olhares. cada vez que você me olha externando esperança, sonhos, expectativas e um bocado da sua alma.
são suas palavras. o jeito como você externa com amor e vivacidade todas as suas histórias e seus conhecimentos.
são os carinhos. e eles você me dá não só com toques, mas com presença. perto. longe.
suas franquezas e fraquezas. seu cheiro.
e a fortaleza que é, sem nem fazer ideia disso.

é seu amor. por tudo o que acredita, mesmo que o mundo duvide.

é João.

eu sei que a gente precisa saber exatamente a hora de deixar o sentimento ir embora.
a vida me fez aprender que dificilmente amar te dá o direito de ser amado.

mas é impossível deixar ir sem te dizer o motivo.
esse mesmo que nem eu entendia. esse mesmo que relutei tanto pra deixar entrar.

tampouco é possível deixar ir sem que você saiba.
que a gente ama sempre num formato diferente, e que possivelmente até hoje você foi meu formato mais bonito. daqueles que dói por ter que ir, e não pela guerra de ficar.

obrigada por selar a paz em um coração cheio de marcas de dinamite.
você foi minha cura.

eu amo você.

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