domingo, 11 de novembro de 2012

raso.

(as coisas acontecem por algum motivo mesmo. só pode ser.)

você pensa pra si mesma, e ao mesmo tempo parece um grito pro mundo.
depois de passar as horas pensando bobagens rasas e se afogar. não há pedido de socorro que te salve disso tudo que te machuca e te consome.

pior do que não ter as respostas que o mundo promete te dar, é ter consciência do silêncio e mesmo assim plantar esperança em qualquer terra morta que encontra pela (sobre)vida afora.

você tem um olhar 360 graus e observa as pessoas respirando. tenta adivinhar se respirar é o suficiente pra elas e então percebe a própria falta de ar. constante. e a poça d'água, logo ali na frente. e, em segundos, uma enchente adentrando os pulmões.

sufoca.

no peito cheio não cabe mais nada.
transbordou angústia.

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