domingo, 9 de dezembro de 2012

associação livre.2.

sem pensar o suficiente eu já tenho certeza. sempre fui extremista e nunca me contive. ou é, ou não é. dificilmente a dúvida paira e, quando aparece, passo dias adoecida. meu corpo não suporta tanta explosão querendo gritar. algo a la firework. meus sentidos aquecem e então eu queimo em febre.
 
é pedido de socorro.
 
não consigo pedir perdão pra mim mesma. me olho no espelho e sempre me sinto completamente responsável por tudo o que passei. enquanto isso, minha alma sai perdoando as tantas outras que já passaram pelo meu caminho, sensibilizada pela doença que elas carregam consigo. são almas pequenas, vazias, perdidas dentro desse mundo enorme e tão cinza.
 
o mundo é cinza. as nuvens brancas, carregam toques acizentados que sobrepõem o azul do céu querendo destaque. as folhas caem mortas, os troncos desfalecem sentindo dor. absorvem os sentimentos humanos, demasiadamente humanos, como Nietzsche diz.
 
enquanto temem pelo fim do mundo, pelos tsunamis ou pela ausência de água, eu só desejo ar. de que adianta a permanência do globo se não se pode respirar? as pessoas sufocam. os espelhos esgotaram nos comércios e dentro de casa só restam cacos cromados. quem inventou o espelho sabia o que fazia e por que fazia. só não conseguiu a notoriedade da ideia.
 
eu queria 24 horas da noite.

Nenhum comentário:

Postar um comentário