sábado, 19 de fevereiro de 2011

associação livre:

não sei bem qual palavra usar.
necessidade é um tanto forte. pelo menos do meu ponto de vista.
é chegado um momento que vem do lado de dentro da gente. deixa de ser social. acho. se é que existe essa divisão em algum momento na vida. a real das coisas é que nada de fato é separado depois que se junta. simbolicamente falando. quando a gente agrega X no Y, não tem mais como voltar a ser consoantes separadas. entende como?
o ponto é que: é chegado um momento em que o corpo, e principalmente a mente, cobram um plus da vida. e normalmente a procura é longa e o plus nunca é alcançado. e, quando é, não parece suficiente. os desprazeres e prazeres da vida que Freud tanto questionou, justificou, finalizou nas mil teorias da sexualidade humana chegam a causar uma náusea do caralho em mim.
tem os mil questionamentos sobre a vida que geram o senhor mal-estar que deu nome a uma das obras do famoso psicanalista.
o ser humano nunca está de fato feliz.
a gente busca mil felicidades distintas ao longo da vida e no final das contas não nos resta nada. qual o objetivo da vida, então? a plenitude nunca é alcançada e isso já é um fato. mais fato ainda quando ciente de que se busca o preenchimento das suas falhas no Outro e nada se tem.
a gente tem essa mania filha da puta de achar que o Outro completa e só assim é possível a felicidade. e, quando preenchidos, definitivamente alguma coisa está errada. essa consciência das coisas é tão torturante e eu tenho cada vez mais certeza de que a ignorância é a chave pra real felicidade.
e então, consciente de toda essa auto sabotagem humana, eu tento fugir disso tudo, das padronizações humanas impostas seiláporquem. e continuo vazia. sem saber se de fato a palavra é necessidade ou condicionamento.
é só um desabafo.

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