sexta-feira, 25 de julho de 2014

30.08.2013 - 24.07.2014: e o infinito.

desligamos há pouco. conversamos como nunca antes. pelo menos não me lembro de qualquer conversa parecida.
sinto um pouco de enjoo, mas acredito que seja normal. tem aquele momento da digestão do luto, que requer algum tempo. vindo de mim, um bom tempo.

divagaria dias contigo ao telefone, não só sobre nós, mas sobre a vida. penso, no entanto, ter falado tudo o que podia antes de ouvir os dois barulhinhos e o silêncio do outro lado da linha.

relendo meus textos do blog, consequentemente relembro as minhas histórias de amor. sempre escrevi pra mim mesma, e poucas vezes divulguei meus textos para os protagonistas das estórias. e, apesar da intensidade das minhas palavras serem bastante similares, os amores nem de longe são.

de todos os amores até hoje vividos, foi contigo que eu mais aprendi. e com quem mais fui "eu". das outras vezes, vesti armaduras fortes, impenetráveis, e criei personagens pra manter o que eu acreditava ser recíproco. ilusão.
foi com a sua reciprocidade, e com o seu amor mais puro, de um garoto que sempre só quis viver, que eu pude ser eu mesma e enfrentar, paulatinamente, todos os meus fantasmas. testei diariamente as minhas inseguranças de um abandono aterrorizante. e me entreguei com uma veracidade e com a maior sinceridade do mundo. me despi, e não só literalmente. despi minha alma. você me ensinou a nunca ter medo de viver, e sempre combater os tabus do mundo quando se tem desejo e amor.

todo mundo sempre me achou "maluca" de dar a cara pra bater, ao enfrentar os outros (principalmente sua família). e eu descobri que, pelo nosso amor, eu enfrentaria o mundo ao seu lado.
meus lados. mostrei todos. alguns não agradaram, e aprendi que também posso desagradar. que não preciso alcançar a inalcançável perfeição.
aprendi a perdoar. deixar de lado o orgulho pra lutar pelo que acredito. e lutei. errando, acertando, sofrendo, sorrindo. lutei até o final.

nossos dias, juntos, foram lindos. separados, atordoantes.
nesses últimos meses, você foi a minha alegria. e também a minha angústia. mas SEMPRE, o meu amor.

obrigada pelas possibilidades. por você entregar quase onze meses da sua juventude a mim. por compartilhar o seu amor e por me deixar te amar. mesmo que com ressalvas e algumas boas defesas.

se eu pudesse voltar no dia 30 de agosto de 2013, faria exatamente a mesma escolha: você.

eu te amo. muito. e isso o tempo não apaga.
...
já sinto a sua falta.

com carinho,
Baby.

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