eu sempre fui viciada em intensidade, e você foi a maior delas, em toda a minha vida.
eu derrubei cada barreira de cada dedo apontado, atirando julgamentos de uma diferença de idade que nunca teve a menor importância pra nós dois. e eu tinha, no mundo criado na minha cabeça, a absoluta certeza que de todos os homens do mundo, você seria o único a me convencer a entrar na Igreja e repetir o discurso maluco de um padre.
foi você que eu escolhi pra mostrar pro mundo que amor independe de qualquer coisa. e consegui, vitoriosamente, que as pessoas enxergassem o nosso amor.
eu tenho dentro de mim duas caixinhas com o seu nome, separadas para guardar o bom e o ruim. e apesar de tudo, a caixinha "ruim" nunca transbordou. mesmo sendo menor, nunca sequer encheu.
foi você que eu escolhi pra oferecer meu coração, a minha vida, tudo o que é meu. pra acordar pensando e pra dormir pedindo o melhor que o mundo puder oferecer. foi por você que eu perdi o sono e até a fome. e pra quem eu resolvi voltar, por não conseguir imaginar a minha vida sem.
como cão e gato, a gente late e se arranha, relutando pra deixar um entrar definitivamente na vida do outro. e eu não sei ao certo porquê. defesa, talvez. medo de se perder no mundo um do outro, e não conseguir nunca mais sair.
acontece que eu me vejo completamente perdida sem você. como alguém que enxergou a vida inteira e, por um incidente da vida, perdeu a visão.
você foi embora com 50% do meu coração, voltou, e está indo embora com o restante.
eu, com 100% do meu coração nas suas mãos, permaneço em by pass.
das piores dores do mundo,
seu adeus.
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