segunda-feira, 14 de julho de 2014

da maneira mais simples:

era uma vez um casal.
o acaso colocou ambos exatamente no mesmo caminho.
ela, desiludida com o amor. ele, iniciando a prática do sentimento.
alguns anos separando, a priori, duas vidas.

se aproximaram. graças a ela. de alguma forma, ela já sabia. os olhares sutis (mas nem tanto) dele, instigavam. ela queria saber mais. dele. deles, juntos. abriu a porta, ele entrou. e a porta já estava trancada.

acontece que nada é tão fácil quanto parece, e a maneira diferente de ambos enxergarem a vida, prejudicou. ela tão tranquila e tão certa do que queria: ele. ele nada certo do que ela queria: ele. e, no decorrer dos meses, sentimentos de amor e ódio, oscilando como num transtorno bipolar.
no final, mágoa.

e então, eles se separaram. da pior maneira possível. machucaram-se, como puderam. e o vazio. ah, aquele vazio! pior do que a descrição dos textos de Lispector.
como ficar longe de um amor indescritível?

impossível, naquele momento.
resgataram-se. perdão, carinho, beijos e amor.
promessas de mudanças.
nulas.

pessoas tentando invadir o amor fechado a sete chaves.
e ela, apesar de tudo, com a absoluta certeza de que é ele e só. não há ninguém que possa invadir o terreno que ela cercou pra ele ficar. mas ele não entende. simplesmente não compreende. e insiste em achar que ela prefere os outros a ele. e que esse amor que ela demonstra diariamente, não é o suficiente.

e ela, então, começa a compreender que talvez, pra ele, esse amor que é tão único hoje em dia, em um mundo onde as pessoas se descartam e se desrespeitam, talvez não seja realmente tão valoroso pra ele, como ela gostaria que fosse.

e o que ela não queria que tivesse qualquer final, talvez tenha.
e ela aguarda o capítulo dois:

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