sábado, 3 de outubro de 2009

game over.

então é assim que as coisas funcionam.
por uns bons momentos, esqueço de lembrar. saio por aí, bebendo com amigos, falando besteira, dando risada e simplesmente esqueço que você existe. simples assim. o ar volta, as palavras completam uma frase inteira, sem gaguejar. olho pros lados, vejo pessoas, quero conhecê-las, saber um pouco mais de cada uma delas e a possibilidade [percentual até] de alguma delas conseguir me fazer feliz, como quando eu era junto de ti. quero ir mais fundo. desvendar o mistério que eu sei que todo mundo tem. e não lembro mais. nem por um segundo.
e, depois de alguns bons goles de cerveja, resolvo ir mais fundo de mim. e bebo mais. arrisco algo mais forte, pra ter certeza de que forte mesmo sou eu. que nenhum álcool me fará lembrar. e que eu não só esqueci de ti durante as risadas e besteiras, mas que fixei aqui dentro que não preciso mais de você mesmo. não te quero mais na minha vida.
arrisco tequila. duas.
arrisco cosmopolitan.
arrisco vodka.
e, depois de arriscar o máximo, percebo que é fingimento. de mim pra mim mesma. porque a primeira coisa que faço é esquecer de te esquecer. e então eu começo a só lembrar. e então eu pego meu celular e ameaço mandar uma mensagem, dizendo: te amo. e então eu lembro da minha mínima dignidade, aquela que ainda me resta, e fecho o celular e guardo. e então eu procuro carinho em outras pessoas. e então eu encontro e me jogo. e então não penso em mais nada. e então volto a lembrar de você e até esqueço do carinho que me deram. esqueço mesmo, de apagar da memória. porque não era você, entende? e, se não é você, não faz sentido que seja. prefiro que não seja nada mesmo. prefiro me fechar numa conchinha, que nem você mesmo diz que se fecha. e então prefiro ficar lá.
é assim que as coisas funcionam.
eu aqui, acreditando na minha própria mentira. procurando risos e sorrisos.
procurando a fórmula de te esquecer.

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