domingo, 8 de junho de 2014

saudade.

já pensei em te escrever uma carta. só pra dizer tudo o que eu quero, desde o dia do fim. te contar a verdade oculta, que não me deixa comer como antigamente. te perguntar o porquê das coisas, pra não ter que dormir diariamente pensando em tudo o que foi. e no que poderia ter sido.

hoje fiz o caminho pra tua casa. e doeu.

por alguns segundos pensei que, se eu estivesse sozinha no carro, teria prosseguido na Avenida Santa Inês, ao invés de ter ido pro outro lado. só pra tocar tua campainha e dizer que não fui embora à toa. olhar nos teus olhos e dizer que, apesar de tudo, é você que eu ainda amo. e que não foi justo o que você fez com a gente.

eu sinto dor todos os dias quando acordo, e espero todos os dias uma notícia sua. são só duas semanas e eu me sinto um ano viúva.
lembro dos nossos planos, tão distantes e ingênuos, mas suficientes pra nós dois.

é de você que ainda lembro, todos os dias, quando acordo.

talvez eu ainda te escreva uma carta.
pra, depois, saborear um banquete.

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