sexta-feira, 28 de agosto de 2009

sinceramente...

sendo sincera comigo mesma, a real é que eu ainda não te esqueci. ponto. cansei de mentir pra mim mesma e fingir que é como se as coisas nunca tivessem acontecido. porque, quando a música toca, é de você que eu lembro. quando eu olho pro céu e vejo as estrelas, é você que eu vejo. quando eu sonho, é sempre com você no meio. e eu sempre aperto o botãozinho do meu celular, pra tela acender e eu ver se tem uma mensagem ou um telefonema seu. vejo crepúsculo e lembro de você lembrando de mim. eu, bella. você, edward. não vou mais me enganar. não faz sentido.
a única diferença disso tudo, é que agora eu já me conformei que eu e você nunca seremos nós. e essa é a parte que continua a doer, mas não tanto como antes. eu tive que racionalizar. questão de necessidade mesmo. eu tive que entender que o ‘nós’, nessa história, fica de fora. que existe sim um 'nós', momentâneo. mas é isso. é do momento. e, se eu quiser ter você mesmo, tem que ser apenas por alguns minutos. em alguns lugares. específicos. e só. eu já sei de tudo isso. já assimilei pensamentos com fatos. e virou tudo real.
a fantasia já acabou. aparece em alguns momentos, naqueles meus momentos em que acho que tudo é possível. em que acho que você vai aparecer aqui na porta de casa, pedir pra eu descer, falar que eu sou o amor da sua vida e que é comigo que você quer ficar. sem medos. sem receios. sem nada.
mas isso acontece normalmente em sonhos. dormindo. acordada. quando eu olho pro nada e me perco ali mesmo. nos pensamentos. e depois eu volto a colocar meus dois pés no chão, pra não cair, e realizo. não é nada disso. é só fantasia.
mas eu ainda te quero. isso eu não vou mais negar. eu ainda sinto você por perto. e ainda quero estar perto. ainda gosto de saber de você. e penso o tempo todo. e me arrepio quando penso e você me liga. ou manda mensagem. porque eu ainda sinto nós dois no mesmo lugar. e sei que a nossa ligação é mais forte do que qualquer uma que já tive. eu ainda penso em te encontrar do nada. em te abraçar e não te soltar nunca mais. em dar beijinhos nos olhos. em pedir pra você sorrir pra mim. e fazer cafuné. e eu me irrito quando todo mundo te vê, menos eu. ou quando estamos no mesmo lugar e não nos vemos. e eu bodeio e você bodeia. sem um saber do outro. é o mesmo movimento, o tempo inteiro.
eu ainda gostaria que as coisas fossem diferentes. sempre penso nisso. nessas horas eu queria ter o tal do controle sobre todas as coisas, sabe? mas eu não tenho. eu só tenho o desejo. e o direito de ficar parada. observando. e esperando.
eu ainda te conheço inteiro. e ainda sei como você vai agir em tais momentos. em outros eu não sei. mas morro de vontade de saber. eu ainda falo de você. todo mundo já cansou, então falo menos. mas, quando não é pros outros, falo pra mim mesma, aqui dentro. ou então pro meu caderno. ou pro blog. ou digito uma mensagem e não mando. só pra matar a vontade de escrever algo e fingir que você leu. e é a mesma música que toca quando você liga. e o mesmo susto que eu tomo toda vez que toca. e a mesma espera no dia seguinte, pra que toque de novo.
o movimento é o mesmo. só a maturidade do sentimento que é outra. a aceitação do “não” concreto. e de todos os obstáculos que eu finjo não saber, mas sei quais são. e as respostas que você não sabe me dar, e eu insisto em pedir.
é tudo igual.
eu e você.
não nós.
e o querer. intacto.

Um comentário:

  1. Aceitar não é o mesmo que desistir.Aceitar é uma dor sem fim, mas também é um privilégio.consciência para poucos.não esqueça. :)

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